Q

Previsão do tempo

15° C
  • Friday 15° C
  • Saturday 15° C
  • Sunday 15° C
14° C
  • Friday 15° C
  • Saturday 15° C
  • Sunday 15° C
15° C
  • Friday 15° C
  • Saturday 15° C
  • Sunday 15° C

Assunção Cristas ficou a conhecer “carências gritantes” em visita ao hospital das Caldas

Mariana Martinho

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
A nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), nas Caldas da Rainha, há poucos dias em funções, herdou “carências gritantes ao nível de médicos e enfermeiros e existência de equipamentos obsoletos”, segundo revelou a presidente do CDS-PP, que visitou na passada sexta-feira a ala das urgências da unidade de saúde das Caldas da Rainha.
Assunção Cristas visitou o serviço de urgências do CHO

A anteceder a visita ao Serviço de Urgência, decorreu uma reunião à porta fechada, com os novos elementos do Conselho de Administração do CHO, onde foram assinalados alguns dos “pontos a serem reavaliados”, bem como as “necessidades de investimento para combater essas falhas”.

Um desses pontos, segundo a líder do CDS-PP, é a “constante dificuldade em captar recursos humanos” para trabalhar no CHO, neste caso na unidade hospitalar das Caldas da Rainha. Essa dificuldade também se prende com um “ponto muito particular”, que são as “condições obsoletas” que os hospitais apresentam, acabando por não atrair médicos, nem enfermeiros, que “querem desenvolver ou prosseguir carreira”.

Relativamente à falta de profissionais adequados, a dirigente recordou que “há bem pouco tempo foi aberto um concurso para 25 vagas na área da saúde”, no entanto, “apenas apareceram 8 profissionais”, o que significa que o “Centro Hospitalar não foi capaz de atrair mais profissionais precisamente porque não tem condições de trabalho para que os profissionais se sintam que aqui faz sentido exercerem a sua profissão”.

Em relação às “necessidades de investimento para combater essas falhas”, Assunção Cristas esclareceu que são precisos cerca de cinco milhões de euros para repor as “questões básicas”, ao nível de infraestruturas e equipamentos, mas ainda assim não sendo “aquilo que é necessário para este hospital dar um salto”.

A dirigente partidária considera que a “saúde não tem sido prioridade”, sendo “uma área onde há muitos anúncios e muito pouca execução”. Nesse sentido tem andado de norte a sul do país e verificou que “falta dinheiro em Caldas da Rainha, como falta em Vila Nova de Gaia ou no [Hospital] de S. João, no Porto, na Guarda e não é por acaso que têm havido várias demissões de responsáveis clínicos, porque as condições estão muitas vezes no limite da própria segurança dos doentes e dos profissionais de saúde”.

Relativamente à gestão hospitalar, a líder centrista recordou que o CDS apresentou dois projetos-lei para dar autonomia às administrações para contratarem recursos humanos sem necessitarem da autorização dos ministérios da Saúde e das Finanças e para os hospitais “receberem financiamento em função dos resultados clínicos”. Esses dois diplomas estão previstos para serem debatidos ainda antes da aprovação do Orçamento de Estado para 2019, onde garantiu que o partido estará atento às questões das verbas para os investimentos nos diferentes hospitais.

Outro aspeto referido durante a reunião foi o caso das dívidas hospitalares, “neste caso estamos a falar de 35 milhões de euros”. Segundo Assunção Cristas, é um “problema que se vem arrastando e a avolumar-se com este governo”, sendo igualmente uma matéria que também precisa de ter “desde logo medidas que permitam pagar a tempo e a horas” e assim “reduzir os custos para o próprio horário público”. “Isto são tudo propostas que o CDS tem apresentado”, sublinhou.

Igualmente criticou o impacto da política do governo na área da saúde, em que optou por uma “linha de aparentemente de tudo estar bem para todos os setores, mas depois quando olhamos para a falta de investimento público e degradação dos serviços públicos, com a saúde à cabeça, percebemos que nem tudo está bem e que as contas não contemplam muitas necessidades”.

Igualmente destacou a degradação efetiva da qualidade dos serviços prestados aos doentes em vários domínios, dando como exemplo o serviço de urgência do CHO, em que “tínhamos macas encostadas por todo lado, e não estamos num dia crítico”.

“É verdade que há obras em curso, ainda bem, mas no entretanto há condições muito complicadas”, referiu a líder do CDS.

Em relação à greve dos enfermeiros, ocorrida na passada semana, Assunção Cristas esclareceu que “todos os profissionais de saúde sentem que há neste momento uma degradação muito grande das condições de trabalho, já para não falar dos milhares de horas em dívida”, porque o governo optou por uma “medida aparentemente simpática de passar de 40 para 35 horas”. Contudo, “não acautelou os meios necessários para pagar essa medida, quer do ponto de vista do pagamento de horas extras, quer no que diz respeito à contratação de mais pessoas”.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

Mais de cem armadilhas no Cadaval para apanhar vespas

A Câmara Municipal do Cadaval instalou uma centena de armadilhas um pouco por todo o concelho para apanhar vespas velutinas, que segundo uma contagem quinzenal no espaço de um ano, passaram de dezenas para centenas recolhidas de quinze em quinze dias.

vespas

Cadetes e masters no Troféu Cidade Caldas da Rainha

As Piscinas Municipais das Caldas da Rainha foram o palco do XVIII Troféu Cidade Caldas da Rainha em cadetes e do XIX Troféu Cidade Caldas da Rainha em masters, no dia 20 de Abril, evento organizado pela equipa da casa, os Pimpões.

trofeu1

Maria Inácia Rezola apresentou exposição sobre 25 de Abril patente no CCC

A comissária da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, Maria Inácia Rezola, esteve no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, a 16 de abril, para inauguração de uma exposição sobre a revolução e aproveitou a ocasião para uma espécie de aula inaugural para duas turmas das escolas Rafael Bordalo Pinheiro e Raul Proença, no âmbito do Serviço Educativo do CCC.

exposicao25deabrilccc1