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A luta dos professores é injusta?

Francisco Martins da Silva

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A luta dos professores é injusta? É injusto lutar por aquilo a que se tem direito? É demais exigir a contagem do tempo que se cumpriu? Porquê?! Porque outros também perderam direitos e nem por isso se organizam e lutam para os recuperar? Devemos então nivelar por baixo? Se eu não consigo, tu não podes conseguir? É isso? Não deveria ser antes se tu conseguires, eu também conseguirei?

Desde sempre, os direitos dos funcionários públicos têm sido a fasquia a atingir pelos trabalhadores do sector privado. Habitualmente, a acção sindical obtém resultados primeiro e mais expressivamente no sector público, o que é natural e desejável, pois o Estado deve ser pessoa de bem e dar o bom exemplo. E tem sido pela bitola elevada de um Estado respeitador (ainda que sempre a contragosto) do trabalho com direitos que tem progredido também o sector privado.

Tratando-se da classe docente, e da questão da legítima contagem do seus 9 anos, 4 meses e 2 dias cumpridos, eis que os nossos comentadores se uniram numa barragem cerrada de argumentos de injustiça, fosso social e despesismo. Logo os partidos de direita, aterrados com tais fantasmas, deram o dito pelo não dito e retiraram o apoio aos professores. Infelizmente, isto não é novo: tudo o que a classe docente tem conseguido em matéria de direitos laborais, tem sido sempre com a oposição e o desprezo da sociedade. A acção dos políticos apenas traduz essa ingratidão odiosa e hipócrita. Já da comunicação social seria de esperar uma atitude ética e construtiva, em vez de fazer eco das mentiras acerca do custo da contagem do tempo de serviço e do que auferem os professores. No fundo, toda a gente percebe que os custos apresentados pelo governo são médias grosseiras que partem de valores brutos exagerados, nunca referindo que mais de 40% desses valores não chegam a sair dos cofres do Estado. Os funcionários públicos pagam todos os seus impostos, nunca chegando a ver esse dinheiro. O valor que lhes é depositado na CGD já vem subtraído do IRS, da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações e dos 3,5% da ADSE. É mais de 42% do vencimento bruto. Falar de valores brutos a propósito da função pública não faz sentido a não ser por falácia.

Mas os nossos comentadores, tratando-se dos direitos dos professores, não resistiram a exteriorizar a sua mentalidade estreita e tacanha e a promover irresponsavelmente a cisão social apelando à proverbial mesquinhez e inveja.

* escrito com a grafia anterior ao acordo ortográfico em vigor

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