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PS comemora revolução com jantar

“Os ideais de abril são mais frágeis do que aquilo que pensamos”

Marlene Sousa

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Na véspera de 25 de abril decorreu, no restaurante Paraíso do Coto, o tradicional jantar comemorativo da revolução dos cravos organizado pelo Partido Socialista de Caldas da Rainha. Não só este jantar serviu para celebrar o 45º aniversário do 25 de abril de 1974 como foram homenageados alguns militantes mais antigos do PS das Caldas.
O presidente da concelhia do PS das Caldas, José Ribeiro, e a deputada na Assembleia da República, Odete João

Antes do jantar foi inaugurado um mural alusivo à efeméride na sede do PS, pintado por jovens em colaboração com a professora e artista plástica Paula Nobre.

Cerca de 80 pessoas participaram no jantar que contou com a presença da deputada na Assembleia da República, Odete João, e de camaradas da Concelhia de Óbidos.

Foi segundo, José Ribeiro, presidente da concelhia do PS das Caldas, um dos “jantares do 25 de abril mais participados”.

O presidente da concelhia do PS das Caldas destacou a questão das eleições europeias, advertindo que é preciso dar força aos socialistas, apelando à importância do voto a 26 de maio.

Este aviso foi deixado por José Ribeiro, sublinhando que a “abstenção é o principal trunfo dos extremistas precisamente porque conseguem cativar pelo “discurso simplista”, não porque “estão mal informadas, mas porque simplesmente estamos no tempo em que as pessoas precisam de respostas muito rápidas”.

“Apelo ao voto de todos e que votem em consciência porque a Europa tal como a conhecemos se cai nas mãos dos extremistas/populistas ou de extrema direita vai terminar porque eles são contra qualquer coisa que seja partilha”, referiu o socialista, adiantando que “a Europa fez muita coisa mal, mas tem mantido a cooperação e paz e nesse aspeto tem sido único no mundo e temos que manter esse ideal”.

José Ribeiro considera importante comemorar o 25 de abril porque o PS tem como pilares a “liberdade e a democracia”. Mas “os ideais de abril, são mais frágeis do que aquilo que pensamos”, salientou o presidente do PS das Caldas, considerando que “temos democracias que pensávamos que eram inabaláveis e que estão dominadas pela extrema-direita”. Falava de “Hungria, França, Alemanha e Suécia, que têm visto crescer posições completamente xenófobas, racistas onde a mensagem do medo passa muito facilmente e nós temos que lutar contra isso e os ideais do 25 de Abril são os opostos disso”.

Se o 25 de Abril chegou a Caldas da Rainha, o presidente do PS disse que “a liberdade e democracia não têm sido vividas na sua totalidade porque infelizmente a alternância democrática não tem acontecido”. “Aqui nas Caldas a participação democrática não é ativa”, adiantou, acreditando que o futuro pode e deve mudar porque as “Caldas merece melhor do que tem tido”.

Como também vai sendo tradição, foram homenageados alguns militantes mais antigos. “Homens e mulheres que são pilares e exemplos de luta e perseverança”, disse José Ribeiro, referindo que é “um partido que se orgulha da sua história e por ela e com ela olhamos para o futuro”.

Os homenageados foram por antiguidade de militância: Armando Salvador Patacho, Ulisses Ramires, Lídia Tavares, Dário Manso e Delfim Azevedo.

A deputada na Assembleia da República deixou uma mensagem de “força e de união” do Partido Socialista, que é na diversidade que consegue “essa ligação para construir consensos”.

Para Odete João, o 25 de Abril é uma data muito simbólica e tem que ser promovida perante os “mais novos que não a viveram”.

“A liberdade para mim e para todos aqueles que viveram antes do 25 de Abril tem mais significado porque frequentaram uma escola que era apenas para alguns, em que os rapazes estavam de um lado e as raparigas noutro e que separava pelo estatuto económico dos pais”. “Nada disso tem felizmente significado para os nossos jovens, mas é bom que tenham essa noção para saberem aquilo que foi conseguido depois do 25 de Abril, como o Sistema Nacional de Saúde para todos, uma escola para todos e uma segurança social que protege os mais frágeis”.

“A democracia é um sistema frágil que precisa de ser fortalecido todos os dias para que possamos viver em liberdade”, adiantou a deputada do PS.

Odete João apelou ao voto nas eleições europeias sendo que “cerca de 60 por centro da nossa legislação tem origem em diplomas aprovados pelo Parlamento Europeu”.

“Liberdade” é como se designa novo mural na sede do PS

A comemoração do 45º aniversário do 25 de abril iniciou com a inauguração de um mural na sede, idealizado pela artista plástica Paula Nobre e concretizado com a participação de jovens caldenses do partido.

“A liberdade, a igualdade e a fraternidade”, foram as palavras chaves para a concretização do painel.

Segundo a artista, a iniciativa surgiu por convite de José Ribeiro, que é seu amigo de longa data. É um trabalho que foi feito em colaboração com oito jovens do PS.

“Liberdade”, foi como Paula Nobre intitulou o painel. “Quis fazer uma imagem simples e direta na mensagem e agarrei a imagem da mão do símbolo do PS e quis-lhe dar uma nova dinâmica”, explicou. “Daí a mão adulta e a de criança que simbolizam essa ligação da força da mão que agarra com alguma convicção e que transporta as novas gerações para a liberdade”, adiantou a artista plástica.

O painel tem cerca de um metro e dez e foi pintado à mão (acrílico).

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