José Noronha, de 55 anos, veio a ser descoberto enterrado no quintal de uma moradia em Alfeizerão que havia sido arrendada pelo arguido e namorada. O crime terá acontecido na noite de 11 de fevereiro de 2015, mas o corpo só foi encontrado quase um ano depois.
O coletivo de juízes do Tribunal de Leiria considerou que os arguidos não demonstraram “sentimentos de remorso, de arrependimento e de respeito pelo cadáver”.
A Nelson Paulino foi aplicada uma pena de 12 anos e 9 meses pelo crime de homicídio e 14 meses pelo crime de ocultação de cadáver. Em cúmulo jurídico, foi condenado na pena única de 13 anos e 6 meses. Patrícia Martins, agora ex-namorada, ficou com a pena única de 12 anos, que faz o cúmulo da condenação de 12 anos por homicídio e um ano por ocultação de cadáver.
Relativamente a Daniela Paulino, que tinha uma relação amorosa com a vítima, foi condenada a 12 anos pelo crime de homicídio, um ano pelo crime de ocultação de cadáver, um ano e 6 meses por falsificação de documento e dois anos por falsidade de depoimento. Em cúmulo jurídico, o tribunal aplicou a pena de 13 anos e seis meses.
Tendo em conta que o empresário tinha fita adesiva enrolada na cabeça, os pulsos e os tornozelos amarrados com braçadeiras e uma corda que amarrava os pulsos aos tornozelos, o coletivo de juízes ficou com a convicção de que o crime teve a participação dos três arguidos.
Segundo a PJ, havia um historial de agressões entre o empresário e a companheira, algumas das vezes envolvendo o irmão desta e a namorada, e que resultaram em várias queixas de violência doméstica.
Os arguidos encontravam-se em liberdade, depois de terem sido detidos a 5 de fevereiro de 2016. Os dois irmãos com apresentações diárias às autoridades policiais e a outra mulher apenas com termo de identidade e residência.
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