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Assembleias municipais das Caldas, Torres e Peniche unidas em torno do CHO

Marlene Sousa

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As comissões das assembleias municipais das Caldas da Rainha, de Torres Vedras e de Peniche reuniram no passado dia 9 para debater o estado de degradação dos seus hospitais e pressionar em conjunto o Governo para que seja introduzida nos investimentos para a próxima década a construção do novo Hospital do Oeste.
Os presidentes das assembleias municipais das Caldas, Torres e Peniche unidos pelos problemas do Centro Hospitalar do Oeste

Foi a primeira reunião com a comissão da assembleia municipal de Peniche depois das comissões das Caldas e Torres Vedras já terem reunido, no dia 12 de março, na autarquia das Caldas da Rainha. Estes encontros surgiram depois de ter sido divulgado o relatório elaborado por elementos de todos os partidos com assento na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha (AMCR) – PSD, PS, CDU, BE e CDS – respeitante ao resultado da audição de diversas personalidades e responsáveis dos serviços do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que destaca a desagregação dos serviços hospitalares, quer em pessoal quer em meios técnicos, colocando em causa os cuidados de saúde a prestar à população do Oeste.

“Há uma conjunção de pontos de vista muito semelhantes dos elementos das três assembleias sobre os problemas das unidades do CHO”, disse o presidente da AMCR, Lalanda Ribeiro, acrescentando que um dos objetivos é “pressionar o Ministério da Saúde para que a construção de um novo hospital que sirva a população do Oeste faça parte do próximo Quadro Comunitário de Apoio (2030)”. “Temos que fazer diligências junto dos partidos uma vez que o Programa Nacional de Investimentos está na Assembleia da República e trata-se de uma infraestrutura importante para a região Oeste”, adiantou.

“Como provavelmente só daqui a vinte anos teremos o novo hospital é urgente melhorar as condições do CHO para satisfazer os utentes”, sublinhou o autarca, revelando que estão a trabalhar também no sentido de impedir a continuada degradação dos serviços hospitalares.

A falta de profissionais e a degradação dos equipamentos são alguns dos problemas levantados e que as comissões das assembleias municipais esperam resolver. Para isso as comissões estão a elaborar um documento que “vai conter as principais preocupações e posições com entendimento comum aos três concelhos”, em que cada um será aprovado na respetiva Assembleia Municipal.

OesteCim vai criar comissão para tratar dos problemas da saúde

Segundo Lalanda Ribeiro, como entendem que a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) é uma “peça fundamental”, na Assembleia Intermunicipal que decorreu a 16 de abril foi apresentado “uma proposta no sentido de ser criada uma comissão com os deputados intermunicipais para tratar dos problemas da saúde do Oeste, nomeadamente do CHO”. “O objetivo é estarmos todos unidos e a trabalhar em prol da saúde e na resolução dos problemas do CHO” e como o “conselho intermunicipal reúne os deputados de toda a região a posição será tomada pelo Oeste inteiro”, explicou.

Lalanda Ribeiro disse ainda que vai ser constituída uma “comissão pelos presidentes das Assembleias Municipais, por um representante de cada Câmara (vereadores) e por dois elementos das Assembleias Municipais para “depois essas doze pessoas poderem reunir com o conselho de administração do CHO”.

Quanto à última reunião em Torres Vedras, que juntou pela primeira vez elementos da Assembleia Municipal de Peniche, este responsável referiu que “houve uma conjunção de pontos de vista muitos semelhantes em relação aos problemas das unidades de saúde que compõem o CHO”. “Foram destacados os graves problemas da urgência do hospital de Peniche, que não tem capacidade de resposta para os cidadãos daquele concelho, nomeadamente numa zona que tem um porto de pesca”, apontou Lalanda Ribeiro.

Ao JORNAL DAS CALDAS o presidente da Assembleia Municipal disse que uma preocupação vivida no CHO é a falta de anestesistas e que a idade avançada de alguns e a falta de novos profissionais pode pôr serviços em risco.

Em setembro passado a comissão das Caldas, constituída pelo presidente da Assembleia, dois deputados do PSD, dois deputados do PS e um deputado do CDS, do BE e PCP, os presidentes das duas juntas de freguesia urbanas e um elemento da Câmara, apresentou o relatório aos grupos parlamentares, e agora pondera voltar em conjunto (as três comissões) aos deputados da Assembleia da República, e depois reunir com a ministra da Saúde, Marta Temido.

A próxima reunião das comissões das assembleias municipais das Caldas da Rainha, de Torres Vedras e de Peniche vai ter lugar a 21 de maio na Câmara Municipal de Peniche.

No relatório, a comissão propõe a ampliação do hospital caldense, de modo a garantir mais camas de internamento e a criação do serviço de ortopedia com internamento. Destaca também uma situação particularmente difícil na “urgência, um défice de cuidados hospitalares públicos, uma insuficiência de equipamentos hospitalares, a dispersão de recursos por diferentes unidades, camas hospitalares encerradas, a falta de camas de internamento e, por causa disso ficam em macas nos corredores das urgências e da unidade de cuidados intensivos/intermédios, respeitante a uma área com 300 mi habitantes e a dificuldade evidente em atrair profissionais qualificados para a região”.

Igualmente se verifica a “carência de recursos humanos, nomeadamente de enfermeiros e assistentes operacionais”.

Quanto ao alargamento e requalificação do serviço de urgência médico-cirúrgica das Caldas, que se encontra em obras, o documento indica que foi claramente referido que esta solução “não terá o resultado pretendido, se não forem realizadas intervenções similares na unidade de cuidados continuados e de internamento (de medicina interna) e obviamente, a reorganização da urgência em termos estruturais”.

Defende também a reimplementação de valências médicas anteriormente atribuídas a este hospital, como é o caso da pneumologia, urologia, reumatologia e ortopedia, assim como a ambulatorização dos serviços clínicos.

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