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Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar

Aproveitamento de alimentos é um dos principais desafios das próximas décadas

Marlene Sousa

EXCLUSIVO

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O Governo quer reduzir em cerca de metade o atual desperdício alimentar – um milhão de toneladas por ano (17% da produção anual de alimentos em Portugal) até 2030. A Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (ENCDA) foi apresentada “em primeira mão” nas Caldas da Rainha, na conferência sobre “Combate ao Desperdício Alimentar na Indústria”, que teve lugar no passado dia 16, no edifício sede da OesteCIM.
João Toledo apresentou nas Caldas as 14 medidas que fazem parte da Estratégia Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar

Foi no Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) que João Toledo, da Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar, que representa o gabinete de planeamento de políticas do Ministério da Agricultura, apresentou pela primeira vez as 14 medidas de combate ao desperdício alimentaraprovadas em abril deste ano em Conselho de Ministros, no âmbito da estratégia nacional de promoção do aproveitamento de alimentos.

João Toledo destacou o facto de Caldas da Rainha ter o privilégio de ser o primeiro lançamento público da estratégia nacional, que tem como visão “combater o desperdício alimentar, uma responsabilidade partilhada do produtor ao consumidor”, que integra três objetivos estratégicos – Prevenir, Reduzir e Monitorizar.

Uma das medidas anunciadas pelo membro desta comissão foi a “criação de um selo/logotipo, assim como um prémio de excelência para as empresas que realizem ações pioneiras a este nível ou tenham projetos inovadores de combate ao desperdício alimentar”. O intuito desta medida é, segundo este responsável, “a disseminação de boas práticas e incentivo ao desenvolvimento de iniciativas pioneiras e criativas no combate ao desperdício alimentar”, onde espera num período de um ano a adesão de 350 empresas.

Outra das medidas anunciadas por João Toledo foi a criação de locais específicos para venda de produtos em risco de desperdício. “O objetivo é garantir que bens próximos da data limite de validade tenham um circuito comercial que facilite o seu consumo”, declarou, acrescentando que “embora a medida não esteja circunscrita às grandes superfícies o pretendido é permitir aquilo que todos nós hoje já encontramos um pouco, nomeadamente na grande distribuição, que são locais específicos e identificados para aqueles produtos que já estão com o prazo de validade próximo do fim, com estratégias específicas de descontos”.

A criação de uma plataforma eletrónica que permita identificar disponibilidades por tipo de géneros alimentícios é outra das medidas do programa. “É uma plataforma de colaboração entre a oferta e procura que consiste em facilitar a ligação entre os detentores de excedentes alimentares e aqueles que necessitam dos mesmos, reduzindo o potencial para o desperdício alimentar”, explicou, acrescentando que irá também “disponibilizar informação sobre a implementação da ENCDA e monitorização das mesmas”.

O membro da Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar disse que o aproveitamento de alimentos é um dos principais desafios das próximas décadas e salientou que “existem inúmeras iniciativas já no terreno”, dando o exemplo da Refood e bancos alimentares, que “fazem um trabalho exemplar”. Revelou que o que pretendem com este programa é “replicar todas estas boas práticas, bons exemplos, no maior número de municípios”.

João Toledo sublinhou ainda que um dos focos do combate ao desperdício alimentar passa muito pela “sensibilização e despertar de consciências”, onde está envolvido o Ministério da Educação a partir das disciplinas de cidadania que vão ter a partir deste ano letivo conteúdos próprios e matérias relacionadas com o aproveitamento de alimentos.

Publicar regularmente painel de estatísticas dos níveis de desperdício alimentar, promover o desenvolvimento de processos inovadores, desenvolver projetos piloto na área da saúde e nutrição, melhorar a articulação e envolvimento da administração do Estado na regulação europeia e internacional, fazem também parte das 14 medidas apresentadas do programa.

A sessão contou com várias intervenções onde Ricardo Figueiredo da Gelpeixe deu alguns exemplos que sua empresa pratica na área do crescimento sustentável da indústria alimentar. Nuno Santos, do Grupo Linos, falou de boas práticas empresariais de combate ao desperdício alimentar e investigadores da Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar apresentaram projetos inovadores: Algaecoat (combate ao desperdício alimentar com a extensão da vida útil – Susana Silva), Valoreject (Valorização de novos produtos com recurso a metodologias inovadoras – Frederica Silva) e Fishbiosensing (Avaliação de segurança e qualidade dos produtos da pesca – Carla Tecelão).

Este evento foi organizado pela IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Oeste, com a Escola Superior de Turismo e Tecnologias do Mar e a Airo – Associação Empresarial da Região Oeste.

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