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Legado, intervenção e luta de Karl Marx em exposição no Museu do Ciclismo

Mariana Martinho

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No ano em que se comemora por todo o mundo o bicentenário do nascimento de Karl Marx, o Partido Comunista Português promove um conjunto de iniciativas pelo país, como a exposição itinerante «II Centenário de Karl Marx – Legado, intervenção, luta. Transformar o mundo», que traça os aspetos centrais da vida do fundador do socialismo científico (juntamente com o seu companheiro e amigo Friedrich Engels), desde o nascimento em Maio de 1818, em Trier, até à morte, em 1883, na capital britânica. Esta mostra evocativa da vida deste revolucionário alemão, cuja obra se mantém atual, foi inaugurada no passado sábado na sala de exposições temporárias do Museu do Ciclismo.
Além de abordar os principais contributos teóricos de Marx, a exposição também inclui cartazes, livros e outros documentos sobre o filósofo

O envolvimento na luta operária, a participação destacada na Liga dos Comunistas e na Associação Internacional de Trabalhadores, as principais obras teóricas, as mudanças forçadas de país, a família e a amizade com Engels são alguns dos temas em destaque nos painéis sobre “a vida ímpar”, do filósofo e coautor do Manifesto Comunista.

Organizada de modo cronológico, a mostra também sublinha os principais contributos teóricos de Marx e Engels, no que diz respeito à ditadura do proletariado bem como à lei da baixa tendencial da taxa de lucro às crises permanentes do capitalismo, e ainda como a sua aplicação numa atualidade que a cada dia confirma a validade das teses centrais do marxismo-leninismo. Fazem parte ainda da exposição livros, documentos e cartazes sobre o filósofo.

Convidado a participar nesta iniciativa esteve o membro do Secretariado e do Executivo da Direção da Organização Regional de Leiria do PCP, André Martelo, que explicou que “esta mostra é uma exposição sintética do vasto legado de Marx”. Além disso tem como objetivo abranger o maior número de pessoas, de modo a que elas percebam que o legado de Karl Marx tem “atualidade nos dias de hoje”.

André Martelo também explicou que “Karl Marx não se limitou a interpretar o mundo, foi mais longe e apontou os instrumentos para a sua transformação, de modo a permitir a realização das necessidades humanas, e acabar com a exploração do homem pelo homem”.

Igualmente referiu que “o património teórico que Karl Marx delegou à humanidade aponta-nos um caminho e não se limitou a constatar aquilo que estava mal na sociedade capitalista”. Nesse sentido “deixou-nos uma doutrina que aponta para um caminho de transformação e que rasga os caminhos de futuro”.

Outro aspeto que destacou foi o facto de o capitalismo continuar a demonstrar como a sociedade está dividida em classes antagónicas e como a busca permanente do lucro máximo concentra a riqueza em cada vez menos mãos. Deu como exemplo o caso da riqueza gerada em 2017, em que “apenas 1% dos 82% gerados foi parar às mãos da população”, e isso levou “ao agravamento da exploração, do desemprego, da precariedade, do aumento das injustiças e desigualdades sociais, do ataque a direitos sociais e laborais, da negação de direitos e liberdades democráticas, mas também da guerra, que surge cada vez mais como resposta à crise do sistema de exploração e opressão”.

Ao desvendar a missão histórica da classe operária, Karl Marx também esteve juntamente com Engels na fundação do partido revolucionário de vanguarda do proletariado e na elaboração do primeiro programa comunista. “Desde então tornou-se uma grande força revolucionária, em que são inseparáveis os avanços libertadores, entretanto alcançados”, recordou André Martelo, adiantando que o PCP “não abdica de ser consciente e orgulhoso do seu papel, bem como na afirmação do seu projeto transformador e revolucionário de luta para a construção do socialismo e do comunismo”.

Considerou ainda que é um “partido com uma vida inigualável ao reafirmar o princípio marxista que sempre orientou a sua ação”.

Na exposição, que está patente até ao dia 4 de novembro, também esteve José Carlos Faria, da Direção da Organização RegionaI de Leiria do PCP, que considerou importante dar a conhecer o legado de Karl Marx, quer no plano filosófico, quer ao nível da teoria, enquanto instrumento de análise social. Além disso afirmou que é “uma ferramenta de ação política para a transformação do mundo”.

Ainda no âmbito do bicentenário do nascimento de Karl Max decorrerá no Museu do Ciclismo, no próximo sábado, às 16h, a passagem do filme “O Jovem Marx”, com José Carlos Faria, e ainda no dia 2 de novembro, pelas 21h30, uma sessão pública sobre a vida e obra de Marx, contando com a participação do diretor do Avante, Manuel Rodrigues, e da Comissão Política do Comité Central do PCP.

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