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Caldenses em guerra interna na JSD Distrital de Leiria

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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As concelhias da JSD de Ansião, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Peniche e Pombal tornaram pública a sua rutura com a comissão política distrital da JSD, na sequência daquilo que dizem ser “constantes atropelos ao normal funcionamento e relacionamento institucional”.
Pedro Brilhante, presidente da distrital da JSD, está sob alvo de críticas internas mas repudia as acusações

Segundo estas concelhias, “desde o início do mandato, esta comissão política distrital, especialmente o seu presidente, revela uma postura antidemocrática, de desrespeito pelas opiniões contrárias e marginalização daqueles que as emitem”.

“Os espaços de discussão política têm sido praticamente inexistentes, não havendo, durante largos meses, lugar a reuniões da comissão política e, muito menos, a reuniões do conselho distrital, num flagrante desrespeito pelos estatutos da JSD. O processo decisório é verdadeiramente autocrático, centrando-se no presidente da comissão política e na sua comissão política permanente, órgão cuja constituição não está prevista estatutariamente e que foi desenhado à medida para tirar margem para vozes discordantes”, descrevem.

“O desrespeito pelos órgãos e pelas estruturas revela-se também, por exemplo, na organização da Volta Distrital do Secundário, sem articulação quer com as concelhias quer com o coordenador do ensino básico e secundário. Esta foi uma atividade destinada exclusivamente ao cumprimento de agendas pessoais e na promoção de guerrilhas internas em concelhias, como aliás tem sido prática corrente da distrital. Esta atividade foi também uma manobra de show-off perante as emergentes opiniões que denunciavam a inércia e o facciosismo da comissão política distrital, que pretendeu mostrar uma falsa união e abrangência, passando em todos os concelhos, mas sem envolver as respetivas concelhias, desrespeitando em vários casos as opiniões das mesmas”, adiantam.

Aquelas concelhia sublinham ainda que “o show-off e o maquilhar do desmembramento desta distrital continua quando, para fazer prova de vida, se publicita uma reunião do Gabinete de Estudos, na qual apenas estão dois membros desse Gabinete. De resto, as reuniões cingem-se agora a representantes de 4 ou 5 concelhias, deixando patente a completa desconexão em relação à realidade distrital”.

No seu entender, “a falta de identificação entre os militantes e a distrital torna-se flagrante quando uma atividade como a Academia de Jovens Autarcas passa, de um ano para o outro, de cerca de 100 participantes para cerca de 30. Também a completa ausência de conteúdo e ação política e, consequentemente, de projeção mediática, são bastante reveladoras da qualidade do trabalho desenvolvido por esta comissão política”.

O foco da atividade da JSD Distrital de Leiria deveria ser a apresentação de propostas políticas, a formação de quadros políticos, o estímulo à participação política dos jovens de todo o distrito (sem exceções e marginalizações) e o apoio à atividade política de todas as concelhias. A JSD não deve nem pode servir para a prossecução de objetivos e agendas pessoais, nem ser um instrumento para lutas ou manutenção do poder em quaisquer outras estruturas”, referem.

De acordo com as concelhias, “o repúdio total por estes comportamentos levou a que vários militantes destas concelhias, bem como da de Alvaiázere e de Castanheira de Pera, apresentassem a sua demissão dos cargos na estrutura distrital”, considera que se vive na distrital “o momento mais negro da sua história”.

Comissão distrital repudia acusações

“Não se demarca quem nunca esteve verdadeiramente connosco”. É assim que a comissão política distrital da JSD de Leiria repudia as acusações.

Em comunicado assinado pelo presidente, Pedro Brilhante, é explicado que “relativamente às concelhias da JSD de Ansião e de Peniche, pese embora os seus presidentes de concelhia se tenham, formalmente, demitido das suas funções, na prática já o tinham feito desde o dia em que tomaram posse (inclusive nas suas próprias concelhias, onde não há registos de atividades desenvolvidas), porque reiteradamente faltaram às convocatórias para as diversas atividades promovidas por esta comissão política distrital. Verdadeiramente, nunca chegaram a assumir as funções para as quais foram eleitos. Não romperam com a comissão política distrital, mas antes com os militantes de todo o distrito e os delegados que lhes confiaram o voto”.

Por outro lado, “a comissão política distrital da JSD convidou a JSD das Caldas da Rainha a integrar a estrutura”, mas “o convite não foi aceite porque aquela concelhia entendeu que os cargos eram mais importantes que a intervenção política em prol do distrito. Infelizmente, é uma concelhia que já nos habituou a esta forma de estar, na JSD e no partido”.

“A concelhia de Figueiró dos Vinhos está inativa há vários anos e a concelhia de Pombal está demissionária, devendo entrar em processo eleitoral nas próximas semanas”, pelo que “não pode veicular que a concelhia de Pombal rompeu com a distrital, quando é a maior estrutura política de militantes que apoia esta comissão política distrital”, sustentou ainda Pedro Brilhante, para quem as acusações “procuram dar dimensão concelhia a posições isoladas de meia dúzia de pessoas que não representam a vontade dos seus militantes”.

“Os espaços de discussão política têm sido os habituais, desde as reuniões de comissão política, conselho distrital, atividades diversas realizadas ao longo de todo o distrito com a colaboração das concelhias da JSD. Esta comissão política sempre pugnou pela liberdade, de ação e opinião. Aliás, é por isso que causa, não raras vezes, desconforto ao partido pela forma séria, responsável e irreverente como faz política. O problema é que alguns militantes, num pequeno cartel interno com apoio de algumas figuras distritais do partido, procuram, através destes números, descredibilizar uma estrutura política que é conhecida em todo o país pela forma abnegada como está e faz política, desprendida de seguidismos e vassalagens”, manifestou.

“A Academia de Jovens Autarcas foi o exemplo disso mesmo. Era muito fácil realizá-la em Pombal, em Leiria, na Nazaré ou em Alcobaça e facilmente ter presente 100 participantes. Contudo, procurámos realizá-la na região do distrito de Leiria mais “esquecida” pelo poder político, aquela que mais carências tem a nível de apoios, mas que tem muitas potencialidades. Foi essa a mensagem que procurámos passar. Tivemos um leque de convidados de excelência, que deram nota máxima à organização da JSD. Inovámos no formato e no conceito. Procurámos conceder a possibilidade aos jovens de todo o distrito poderem contactar com parte do território de baixa densidade. Contudo, estranhámos a ausência dessa atividade dos principais dirigentes da Comissão Política da JSD de Ansião que estão ali tão perto. Mas também não esteve presente a Comissão Política da concelhia de Peniche, que não estranhamos por ser já habitual não comparecer nas atividades desenvolvidas pela distrital”, indicou Pedro Brilhante.

“A volta às escolas do secundário foi a maior e a melhor de sempre. É isso que incomoda. Quanto às propostas políticas, se esta meia dúzia de militantes comparecesse nos fóruns onde são convocados mas que não comparecem, saberiam que esta comissão política distrital está, desde o primeiro dia em que tomou posse, a trabalhar em duas propostas de agregação e promoção de Leiria à escala nacional e internacional como nunca antes foi feito”, concluiu.

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