A ACCCRO e a Câmara das Caldas promoveram, na passada sexta-feira, no Maratona, uma conferência de imprensa para fazer o balanço das atividades que realizaram durante o período de natal, entre 18 de novembro e 7 de janeiro. Este projeto, que representou um investimento de 76 mil euros em iluminação (suportados pelo município) e 86 mil euros em animação, 20 mil dos quais suportados pela Câmara e os restantes pela associação, foi “completamente atingido”, disse Paulo Agostinho, acrescentando que “houve um reforço da marca Caldas da Rainha a nível nacional, como um destino de preferência e excelência dos consumidores, e ainda um aumento de promoção da própria cidade a nível nacional”.
Relembrou que há quatro anos, “quando a atual direção da ACCCRO tomou posse, viu-se confrontada com a mera, e redutora em termos impacto, instalação da iluminação decorativa de Natal nas ruas”.
“Na altura decidimos logo que esse ato era residual e que era necessário desenhar um projeto que de alguma forma se tornasse importante para a marca Caldas da Rainha”, frisou o responsável, tendo estabelecido a necessidade de “se pensar o natal das Caldas da Rainha” de forma diferente do que vinha sendo executado”. Nessa mesma altura, a direção da ACCCRO estabeleceu “cinco anos como prazo aceitável para fazer um balanço global do que tinha sido o projeto. E ainda perceber se todo o investimento que fizemos compensou”.
Pelo segundo ano consecutivo, a ACCCRO encomendou à empresa I&D Food, um estudo para avaliar o impacto do “Projeto Natal” na comunidade empresarial das Caldas da Rainha. Feito através de um questionário realizado junto do tecido comercial e empresarial das Caldas da Rainha entre 22 e 27 de janeiro deste ano, e envolvendo 300 empresários, levou a concluir que “o volume de negócios aumentou entre 20% e 60%” em relação a igual período do ano passado”.
O estudo revelou que “o número de clientes aumentou na ordem dos 73,1%, sendo que 48,4% dos comerciantes inquiridos afirmam tratar-se de novos clientes”. Isto significa que “metade das pessoas que consumiram na cidade vieram de propósito, e não são clientes habituais, nem do concelho”, o que se traduziu num aumento das vendas.
Igualmente referiu que “a maioria dos comerciantes e empresários considera que o projeto tem tido um impacto positivo na atividade empresarial”.
Relativamente ao público, “quisemos saber até que ponto se revia neste projeto”. Como tal, o estudo evidencia que 97 das 100 pessoas que responderam a um inquérito ‘online’ “recomendam o Natal das Caldas da Rainha a familiares” e que “91% pessoas que visitaram a cidade fizeram compras” no comércio local. Dessas respostas, 89,2% vieram ao evento Natal dos Sorrisos e 95,4% gostaram do projeto.
Para Paulo Agostinho, estes dados revelam que “conseguimos captar atenção do público fora das nossas fronteiras”.
Outro dado referenciado pelo presidente da ACCCRO foi o “enaltecimento a marca Caldas nos grandes órgãos de comunicação social” ao longo destes dois anos, o que levou a que as autarquias do Oeste investissem “fortemente” na época de Natal, na tentativa de fomentar o desenvolvimento dos tecidos empresariais locais.
Nesse sentido, o presidente da ACCCRO afirmou que “este evento foi importante para o tecido empresarial mas também nos diz que esta marca que deixamos neste novo público não é uma marca de imediato”, mas sim com “influência a médio/longo prazo”. Em relação ao objetivo que tinha sido proposto aquando da apresentação do “Natal dos Sorrisos 2017”, que visava atrair à cidade cerca de meio milhão de pessoas, Paulo Agostinho explicou que “não se consegue confirmar dado todos os eventos serem gratuitos e não haver contabilização de entradas”.
Relativamente ao aumento da verba financeira para o projeto, Paulo Agostinho disse que “um evento desta dimensão é impossível continuar a evoluir se não houver mais investimento financeiro”, pois “o público vai começar a ter muitos focos de interesse e se não houver inovação e algo apelativo e diferenciador vai ficar nas suas localidades”. Contudo, admitiu que “só vamos começar pensar no projeto em abril deste ano”.
Autarquia admitiu aumentar comparticipação em 2018
Presente também esteve o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, que reconheceu que os “números apresentados pelo relatório são reveladores de um aumento de clientes, vendas e novos visitantes”. “Estamos satisfeitos com o contributo deste projeto e parece evidente a vontade que as pessoas têm de vir às Caldas, não só no período de Natal, mas também noutras épocas do ano”, sublinhou o autarca, destacando que “apesar de um maior investimento por parte de outros municípios nesta época, Caldas continuou a crescer e reinventar-se”.
Este estudo também constata que há um “reconhecimento e notoriedade cada vez maior daquilo que é a marca Caldas”. Igualmente admitiu que “dificilmente continuaremos a manter este patamar de excelência mantendo o mesmo orçamento” e por isso afirmou que “vamos ter de comparticipar em mais alguma coisa” no projeto em 2018.
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