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As energias renováveis em Portugal  “As alterações climáticas constituem uma ameaça para a segurança global. O que está em jogo não é a nossa vida mas sim a das gerações futuras. O acesso às fontes de energia e aos recursos naturais é cada vez mais uma necessidade, tanto a nível mundial como nacional”, declarou, Campos […]

As energias renováveis em Portugal  “As alterações climáticas constituem uma ameaça para a segurança global. O que está em jogo não é a nossa vida mas sim a das gerações futuras. O acesso às fontes de energia e aos recursos naturais é cada vez mais uma necessidade, tanto a nível mundial como nacional”, declarou, Campos Rodrigues, da Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio.Este técnico, que abriu uma empresa de pilhas de combustível a hidrogénio em Torres Vedras, falava nas terceiras Jornadas de Ambiente que decorreram nos passados dias 20 e 21, na extensão da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica em Caldas da Rainha (EESBCR), sob o tema “As energias renováveis em Portugal: que presente e que futuro?”.O objectivo destas Jornadas foi sensibilizar as empresas, os técnicos, estudantes e população em geral para a necessidade de recorrer cada vez mais a energias limpas, como forma de combater o aquecimento global, responsável pelas ocorrências de fenómenos climáticos extremos causadores de inúmeros desastres naturais, cada vez mais violentos e destruidores e responsáveis pela redução da biodiversidade no planeta.Segundo Sofia Patrício, da Wave Energy Center, que fez uma apresentação sobre o estado actual da energia das ondas e as perspectivas nacionais, “foi a crise do Petróleo em 1970 que despoletou a política prioritária para energias de fontes alternativas para uma segurança energética. Seguiu-se, o aumento da consciência e preocupação ambiental e o surgimento de Quioto e da Directiva Europeia 2001/77/CE, que impulsionou a aposta e promoção de energia a partir de fontes renováveis”.Acrescentou que “as ondas do mar constituem um recurso energético importante, disponível e com grande potencial tanto a nível mundial como nacional”. De acordo com esta técnica, “a Costa Portuguesa, para além do seu potencial recurso, 15GW no Continente e de cerca de 6 GW nos arquipélagos, possui condições climáticas favoráveis, águas relativamente profundas perto da costa, portos e infra-estruturas bem desenvolvidas porto dos potenciais locais de implementação, assim como pontos de conexão à rede eléctrica ao largo da linha costeira”. Revelou ainda que “Portugal tem como objectivo atingir até 2010 a implementação de dispositivos de energias das ondas que permitam produzir 50 MW de energia, segundo Resolução do Conselho de Ministros n.63/2003”.  César Capinha, da Associação PATO, manifestou que o elevado nível de consumo energético global tem levado a uma crescente aposta no aproveitamento de fontes de energia não esgotável, quer por preocupações de sustentabilidade económica, quer por razões ambientais. De acordo com este responsável, que fez uma apresentação sobre a modelação espacial da distribuição de energias renováveis, “a energia eólica e a solar são dois exemplos de fontes de energia que possuem uma componente espacial implícita, sendo o modelado da paisagem, um dos principais factores a influenciar a sua distribuição”. Ana Raquel Rosado, da Universidade Superior de Tecnologia de Setúbal falou das “Bombas de Calor Geotérmicas”, explicando que são equipamentos reversíveis, que aproveitam e transferem o calor, armazenado a poucos metros da superfície da terra, permitindo a sua utilização para aquecimento de águas sanitárias e climatização, dos edifícios, podendo representar um potencial de 2000 kW. “O calor armazenado a pouca profundidade do solo é recuperado com a instalação de um sistema de tubos subterrâneos, submergidos num canal localizado perto de casa, os quais recuperam o calor da terra”, explicou, acrescentando que “reduz os custos de aquecimento em 60% e de arrefecimento em 30%, reduz as emissões Co2 e aumenta o valor do ciclo de vida de um edifício”.  Energias renováveis no contexto do Oeste José Coutinho, coordenador da LeaderOeste, falou das energias renováveis no contexto do Oeste, fazendo a apresentação de um estudo da LeaderOeste, onde estão já em curso dois projectos de eficiência energética nos municípios do Bombarral e Cadaval, que irão contribuir para uma redução do consumo de energia em ambiente urbano. O primeiro passa pela instalação de 10 reguladores de fluxo luminoso em 10 postos de transformação destinados à iluminação pública (cobrindo mais de 50 por cento da população dos dois concelhos e que permitirão uma redução do consumo da energia eléctrica na ordem dos 30 a 40 por cento). Trata-se de uma solução que, segundo José Coutinho, possibilita “a obtenção da melhor intensidade de luz em função da necessidade de ocupação dos espaços públicos”, o que na prática significa que  “haverá maior intensidade de luz nas horas em que existam mais pessoas na rua”.O projecto, que ronda os 230.000 euros, permite ainda a estabilidade do fornecimento de energia nos diferentes pontos de luz e o aumento da longevidade das lâmpadas até ao dobro do seu tempo útil de vida.Orçado em 75.000 euros, o segundo projecto consiste na substituição integral dos sistemas de semáforos, através da incorporação de lâmpadas LED (light emitting diode) em 60 sistemas de controlo de tráfego. “As lâmpadas Led têm a vantagem comparativa de proporcionarem melhor distribuição luminosa, permitirem um maior ângulo de visão, permitem uma melhor visibilidade a longas distâncias e uma menor deterioração da intensidade luminosa, com uma redução de 80% do consumo de energia eléctrica com 8 a 10 anos de vida útil”.  A medida, que cobre todos os semáforos dos dois concelhos, proporcionará uma poupança superior a 12 mil euros por ano.O último projecto será a instalação, em 2009, de uma microhídrica no perímetro de rega das baixas de Óbidos. Com uma potência eléctrica de 600 kw e uma tecnologia de alta eficiência, a microhídrica viabilizará a produção de energia a partir do aproveitamento do recurso hídrico das infra-estruturas da Central de Aproveitamento Hídrico da Rede de Água das Baixas de Óbidos.Ana Cistina Rodrigues, coordenadora da EESBCR, fez um balanço positivo destas Jornadas, que este ano pela primeira vez foram abertas ao público em geral. “As anteriores eram mais vocacionadas para a comunidade estudantil, este ano decidimos numa perspectiva de alargamento e de divulgação do conhecimento, dado que as energias renováveis é um tema actual, abrir ao exterior”, explicou.Para o ano irão decorrer as quartas “Jornadas de Ambiente”. “E nosso objectivo continuarmos com esta iniciativa, até porque temos aqui o Curso de Especialização Tecnológica, um pós secundário em qualidade ambiental”, disse esta responsável.   Marlene Sousa  

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